sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Fecho a porta do quarto

Fecho a porta do quarto,
Sinto o vento suspirar por mim
Corro o pano! Abro o mundo,
Fico extasiado e embarco
Por um segundo sem fim...

Invade-me um reflexo de ti,
Tenho calor! Tenho frio! Tenho sede!
Caio, morro mas, pegas-me pela mão
Sorrio em lágrimas de sangue,
E vejo folhas de Outono pelo chão...

Pedras da vida pelo ar,
Deito-me e fico “aqui” a contemplar
Terras lavadas, feridas, cativas,

Pela vontade de um Deus
Aos olhos de quem nada sabe
E não abre a janela para o mundo.

30-10-2009